Meu nome é Patrícia Ribeiro, sou enfermeira e este blog foi criado a partir da disciplina Saúde Global da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais, com o objetivo de discutir assuntos relacionados à disciplina.
— PATRICIA MOREIRA RIBEIRO.
Este é meu primeiro post no meu novo blog. Este é só o começo do blog, então fique de olho. Assine abaixo para receber notificações das minhas postagens novas.
Os alimentos são nossa fonte de energia, é através deles que nos mantemos em funcionamento. Atualmente vivemos em um mundo onde alguns países ainda enfrentam o desafio da fome e outros lutam contra a obesidade.
Com a globalização e o desenvolvimento tecnológico, houve um grande avanço e modificação nos processos da indústria alimentícia. Existe hoje no mercado uma classificação para os vários tipos de alimentos, http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232018001204165, onde encontramos os alimentos in natura(naturais, prontos para o consumo), os ingredientes culinários(as os ingredientes em si, como sal, farinha), os alimentos minimamente processados(São os feitos com os ingredientes culinários) e os alimentos ultra processados(com adicionais de conservantes, corantes e composições industrializadas).
O artigo https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30744710, ensina a identificarmos os alimentos ultra processados, observando o rótulo e a presença de ingredientes que não são usados na cozinha.
Os alimentos podem afetar diretamente a saúde do ser humano, podem causar efeitos adversos de forma aguda, como por exemplo as alergias e toxidade de alguns alimentos. E de forma crônica, quando o consumo de determinado alimento é frequente, como por exemplo o consumo excessivo de sal diariamente proporcionará uma hipertensão.
Mas, você sabia que segundo dados da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations, 2019) http://www.fao.org/home/en/, existem mais de 820 milhões de pessoas no mundo com fome atualmente e este número vem aumentando lentamente nos últimos 3 anos.
Segundo a ONU(Organização das Nações Unidas), o indicador de erradicação de fome é a desnutrição e a insegurança alimentar. O relatório http://www.fao.org/state-of-food-security-nutrition/en/, faz um mapeamento de como a desnutrição, a insegurança alimentar e as desigualdades estão no mundo e sugere políticas de curto e médio prazo para minimizar o problema.
Os desafios são grandes, mas através de politicas públicas globais, conseguiremos combater os problemas com a má nutrição de milhões de pessoas que impacta diretamente na saúde global.
Este vírus tão temido é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti e também pelo Aedes Albopictus como descrito na revista exame: https://exame.abril.com.br/ciencia/zika-pode-ser-transmitida-por-mosquito-similar-ao-aedes-aegypti/. São responsáveis pela transmissão da microcefalia que é a má formação cerebral em que crianças nascem com cérebros menores do que o normal e outras deficiências sérias ao sistema nervoso central.
Se originou na África, na floresta de Zica de Uganda, por isso o nome Zica vírus. Está muito relacionado com a dengue e a chikungunya e seus sintomas também são muito parecidos.
O risco maior é para grávidas, que podem tem seus filhos com Microcefalia e também pela chance da vítima contrair a síndrome de Guillain-Barré (SGB), que pode levar a morte.https://exame.abril.com.br/mundo/colombia-preve-mais-de-1-500-casos-de-sindrome-devido-zika/ Em 2016 O Brasil relatou cerca de 4.000 casos suspeitos de microcefalia, que foi ligada ao Zika vírus.
GRÁVIDAS FIQUEM ATENTAS AOS SINTOMAS!
A doença dura por 2-7 dias e os sintomas mais comuns da zika são:
. Febre baixa; . Erupção cutânea; coceira intensa; . Dores nas articulações (moderada); . Inchaço nas articulações; . Conjuntivite (olhos vermelhos); . Dor muscular (moderada); . Dor de cabeça (moderada); . Hipertrofia ganglionar (intensa).
SÓ OS MOSQUITOS TRANSMITEM A DOENÇA?
Não! Além da picada do mosquito o vírus Zica pode ser transmitido pelo contato sexual, pela transfusão de sangue e de mãe para filho.
E O TRATAMENTO?
Ainda não existe vacina e nem tratamento específico para a doença. Deve-se
tomar algumas medidas em caso de infecção:
. Descansar bastante . Beber muita água . Utilizar analgésicos e antitérmico para dor e febre . Ingerir alimentos leves
Os sintomas duram cerca de 3 a 5 dias, se durarem mais que isso, procure um médico.
Pode se tornar uma pneumonia em casos mais graves.
O MELHOR É A PREVENÇÃO! CAUTELA MÁXIMA POR PARTE DAS GRÁVIDAS!
Houve um tempo em que cada país pensava em seu próprio desenvolvimento, em resolver seus problemas internos, sua economia, sua segurança, sua educação e seus problemas com a saúde. O objetivo era tratar das doenças prevalentes em seu território, não se preocupando com o que ocorria ao seu redor. Com o passar dos anos, viu se que os problemas com saúde não respeitam fronteiras.
Tempos de globalização!
Vírus ou bactérias podem chegar a locais distantes um dos outros, por diversas formas, não só através do ambiente, mas através de pessoas devido à facilidade nos meio dos transportes e através dos animais, como por exemplo os mosquitos que são considerados uma ameaça real para toda a humanidade, como descrito no documentário: https://www.youtube.com/watch?v=JRqjVJYKNj8. A saúde global reúne um conjunto de problemas transfronteiristas, não só as doenças agudas, mas também as doenças crônicas.
A partir de 1919 houve a necessidade de formar-se organizações polivalentes e universais, iniciando com a Liga das Nações e após a 2º Guerra Mundial a criação da ONU (Organização das Nações Unidas) para discutir relações de alianças e negociações entre os países. A diplomacia internacional estava instalada, e a partir daí a diplomacia da saúde, OMS (Organização Mundial de Saúde), pois, os países teriam que discutir sobre os problemas de saúde que englobam todo o continente, propondo estratégias para combater epidemias, melhoria nas condições de saúde de todo o mundo, atendendo interesses nacionais e globais. Saiba mais no artigo: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/17396/2/3.pdf
Por que é importante pensar em Diplomacia da Saúde?
Se não pensarmos em saúde global, e na diplomacia da saúde, podemos ter epidemias e pandemias de grande importância, catastróficas, com grande número de mortes em todo o mundo. Por isso é importante as discussões mundiais de planos de ação, estabelecimento de acordos e metas através dos órgãos responsáveis, pensando em uma melhoria na saúde global. Os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável)https://nacoesunidas.org/pos2015/ , são um exemplo de plano de ação internacional desenvolvidos pela ONU com objetivo de construção e implementação de políticas públicas que visam guiar a humanidade em diversas temáticas para a melhoria de qualidade de vida global, as metas estão estabelecidas até 2030.https://www.uhc2030.org/fileadmin/uploads/uhc2030/Documents/About_UHC2030/mgt_arrangemts___docs/UHC2030_Official_documents/UHC2030_Global_Compact_Portuguese_WEB.pdf
A diplomacia da saúde luta por um mundo mais seguro, mais justo e mais saudável, onde todos possam usufruir dos mesmos direitos e dignidade.
Imagine um mundo em que todo ser humano tem direito à saúde em seu pleno sentido, onde o meio ambiente é respeitado e preservado e os seres animais são tratados dignamente. Onde estes três pilares: Ser humano, meio ambiente e animais convivam em plena harmonia, em um hábitat equilibrado, livre de doenças. Onde a saúde animal e humana possam ser compreendidas em conjunto, cogitando a possibilidade de prevenir doenças e organizar estratégias para impossibilitar a progressão destas.
Desde 2006 a OMS (Organização Mundial de Saúde) vem desenvolvendo pesquisas no campo da epidemiologia, estabelecendo como paradigma para o combate às zoonoses à necessidade do trabalho em conjunto da medicina veterinária e humana. Trabalhando seriamente para diagnósticos precoces e vigilância das doenças que acometem os seres vivos em geral.
Em 2008 houve a elaboração de um manual que abrange a importância da saúde única, onde as autoridades governamentais e não governamentais colaboram para a formação do conceito: “Um mundo – uma só saúde”. Podemos acessar o manual completo em: http://www.wpro.who.int/publications/docs/Zoonoses02.pdf
Seria apenas um sonho ou é possível tornar realidade?
Atualmente vivemos em um mundo globalizado, onde as pessoas se locomovem com muita facilidade, sendo assim, uma doença pode espalhar-se rapidamente. Estamos convivendo com mudanças climáticas importantes, desequilíbrios ambientais, queimadas e catástrofes, favorecendo novas oportunidades para doenças se espalharem e serem transmitidas com mais facilidade, pois, muitas vezes o animal portador da doença que estava em seu habitat natural, devido a estes desequilíbrios é obrigado a procurar um novo local para viver. Além do aumento demográfico, com o aumento do número das pessoas, há a necessidade de migração e interiorização, com isso, as pessoas ficam cada vez mais próximas dos aninais selvagens, novamente com o risco maior de transmissão. Todos estes fatores favorecem o aparecimento de epidemias causadas na maioria das vezes por agentes já conhecidos e por novos agentes que afetam um grande número de pessoas ao mesmo tempo. Houve então a necessidade de montar estratégias para conter e prever estes possíveis surtos e doenças.
É possível sim transformar este sonho em realidade! Através de políticas públicas nacionais e internacionais, engajadas em um objetivo comum. Focadas em uma saúde global com qualidade assistencial envolvendo a tríade: ser humano, animal e ambiente.
O conceito de One Health ou Saúde Única remete a interdependência entre a saúde humana, dos demais seres vivos e do meio ambiente, com os estudos envolvendo a saúde única pretende-se uma melhoria na qualidade de vida de toda comunidade.
Em 2017 países vizinhos como a Venezuela sofreram surtos de
sarampo e sabemos que a imunização foi falha devido as condições políticas e
econômicas deste país. Houve uma migração intensa de venezuelanos para o Brasil,
muitos deles contaminados com o sarampo. A baixa cobertura vacinal da população
brasileira também contribuiu com o aumento dos casos. A sociedade Brasileira de
imunização (Sbim) https://sbim.org.br/
defende uma cobertura de 95% da população, mas o ministério da saúde demonstra
que a meta não é alcançada, principalmente na segunda dose.
Doenças como poliomielite, rubéola e difteria também voltaram. E o interessante é que para todas elas existe no Sistema único de Saúde (SUS) a disponibilização das vacinas gratuitamente. A queda da cobertura vacinal segundo o ministério da saúde começou em 2016 muito relacionada ao movimento antivacina https://emais.estadao.com.br/noticias/bem-estar,conheca-a-origem-do-movimento-antivacina,10000074329
Doenças como poliomielite, rubéola e difteria também voltaram. E o interessante é que para todas elas existe no Sistema único de Saúde (SUS) a disponibilização das vacinas gratuitamente. A queda da cobertura vacinal segundo o ministério da saúde começou em 2016 muito relacionada ao movimento antivacina https://emais.estadao.com.br/noticias/bem-estar,conheca-a-origem-do-movimento-antivacina,10000074329
Existem outros fatores que contribuem com a volta das doenças reemergentes, com a globalização houve o aumento da urbanização, além da pobreza, baixo acesso ao saneamento, alterações no clima, perda da biodiversidade, desmatamento, queimadas entre outros. Cenário favorável para estas doenças retornarem, não respeitarem as fronteiras e tornando um problema global. Somos diretamente responsáveis pelo retorno destas doenças e com uma força tarefa comprometida e políticas públicas eficazes e empenhadas poderemos retornar com a erradicação das mesmas.
Pensamos em proteger apenas nossa casa, mas não esqueçam que não adianta nosso país estar protegido se nossos vizinhos mantem seu território propício para vilões.
Pensamentos e ações em conjunto podem vencer esta guerra!
Você já ouviu falar que aquele antibiótico não está
fazendo mais efeito ou que já está muito fraco? Que algumas infecções simples
que antes eram tratadas com determinados antibióticos agora precisam de antibióticos
mais fortes?
E aquelas bactérias que resistem a tudo?
A resistência antimicrobiana é um assunto que
assusta o mundo inteiro e a OMS, há décadas já discute tal situação. Mas o que
parecia estar distante de nós infelizmente já é uma realidade. Em 2014 foi
publicado a evidência da resistência antimicrobiana no Relatório Global de
Vigilância em Resistência Antimicrobiana da OMS
http://ameci.org.br/organizacao-mundial-da-saude-oms-divulga-relatorio-de-resistencia-bacteriana/. Este relatório evidencia que bactérias
normalmente sofrem mutações e até ficam resistentes aos antibióticos, mas o que
estamos vendo é que o uso constante e rotineiro dos usos destes em criação de
animais e principalmente o mal-uso, seja por prescrições desnecessárias ou
interrupção do tratamento pelos pacientes, faz com que esta resistência ocorra
mais rápido.
Temos que montar estratégias e lutar contra a resistência aos antimicrobianos!
O QUE PODEMOS FAZER?
Ações simples como a conscientização dos profissionais de saúde e da população em geral, otimizar a rotina básica de higiene e a realização de diagnósticos rápidos e exames para descobrir qual bactéria realmente tratar, podem fazer a diferença.
Temos que nos conscientizar e disseminar esta informação para todas as pessoas, pois, a resistência antimicrobiana é sim uma ameaça global!
Não podemos banalizar os antibióticos e seu uso deve ser prescrito criteriosamente.
Quando pensamos em saúde habitualmente somos egocêntricos, pensamos em saúde física e ausência de doenças, pensamos na saúde individual. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) https://pt.wikipedia.org/wiki/Organização_Mundial_da_Saúdehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Organização_Mundial_da_Saúde o termo saúde é definido como: “o estado de completo de bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Esquecemos que somos uma sociedade globalizada e que os animais e o próprio meio ambiente são partes importantes e fundamentais para nossa sobrevivência e dependendo da forma da integração e convivência entre eles proporcionaremos ambientes favoráveis ou insalubres.
Quando começamos a pensar em saúde global?
O grande interesse para começar a pensar em saúde global foi através das navegações, quando foi desenvolvido a cartografia das doenças, começou-se a mapear o que se encontrava em cada território distinto. Com o passar dos anos os estudos foram sendo cada vez mais frequentes e a realização de conferências e encontros ganharam forças para discutir as doenças que apareciam em todo o mundo.
Por que é importante a saúde global?
Com o avanço da velocidade de informações, da evolução dos meios de transporte, o aumento demográfico, as variações climáticas, as migrações e a mudança nas relações de mercado internacionais houve uma quebra de paradigma mudando a contextualização da saúde global. A globalização estava instalada e seus riscos explícitos faz com que pensamos em estratégias para a saúde global, ou seja, os problemas de um ponto local afetam o global, temos que pensar não só no ambiente, mas em todos os contextos sócio-políticos e geopolíticos. Com é bem descrito no artigo: Saúde global em tempos de globalização: https://doi.org/10.1590/S0104-12902014000200002
Os problemas
de saúde global podem aparecer em qualquer lugar do mundo, extrapolam
fronteiras geográficas, sendo assim envolve ensino, pesquisa, conhecimento e
comprometimento dos órgãos públicos para o desenvolvimento de políticas
públicas para enfrenta-los.
Existem
grandes desafios, uma vez que nenhum país do mundo está preparado para
epidemias porque na maioria das vezes cada país foca apenas no próprio
território e não no global. Mas o global afeta diretamente o local.
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